terça-feira, 7 de junho de 2011

Medo de quê?













Essa é uma das perguntas que me fiz sempre, e como normalmente sou bastante prático nas minhas coisas, as respostas geralmente eram buscadas para que eu pudesse resolver tudo da forma mais rápida possível. Incentivei várias pessoas a se perguntarem sobre isso. Por exemplo, quando era criança umas das coisas que mais me metia medo era a do fim do mundo. Lembro de eu com uns 10 anos lendo alguns textos sobre o fim do planeta e etc, e depois com medo de dormir ou então chorava que nem um condenado pensado que a Terra daqui 4bilhões não existiria mais. Coisas de criança.

O medo realmente nos causa isso, aflição, receio e tanto outros sentimentos que aparecem no exato momento me que ele vem. Outros medos que tive quando fui crescendo foi de perder as mãos( por tocar violão, cozinhar e por questão empática), a visão(por não poder ver coisas belas ou não), mas nunca tive medo de batalhar por coisas que eu queria, pois a minha confiança e o meu poder de conseguir as coisas sempre foram forças propulsoras para mim, e por isso nunca tive receio de nenhum do que eu queria, sabendo que sou capaz de conseguir o que quero, claro que dentro dos limites da racionalidade e do emocional.

Com o tempo outros medos foram sendo questionados, como o de não ser um bom ser humano, de ficar só, de perder o que tenho como um dos meus alicerces (familiares e irmãos de coração), de não viver como quero viver , sempre me entregando a tudo de peito aberto. E esse medo não é o de perder pra sempre(quem vem com a morte), mas de perder sabendo ainda que está ali e eu não consegui me doar o suficiente para manter algo. E esse sim é o medo que me persegue e talvez a outros também. O medo de não ter nada no final de tudo e deixar as coisas passarem. Não tenho medo, de recomeçar,de me ferir e de morrer, mas sim de não viver intensamente tudo o que tenho e irei ter daqui para frente.

É necessário coragem e sabedoria para crescer, viver e enfrentar os medos, pois eles sempre vão estar nos rondando e seremos tentados a acreditar que ele é o mais fácil de ser aceito, enquanto perdemos tudo que está ao nosso alcance. Talvez o medo tenha suas razões de existir, quem sabe, para que possamos parar e enxergar um pouco o que temos na vida e possamos dar valor a isso. Mas e você, tem medo de quê?

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ah o amor...


Um dia desses em uma conversa sobre coisas da vida, no momento em que eu falava sobre o que eu considero meus pilares da vida (vida, família, amigos, cozinha (profissão) e música), fui questionado com relação ao amor. "Sim mais cadê o amor, não o amor a profissão, ou aos familiares, amigos e a vida, mas o amor". Fique meio que sem resposta sobre isso na hora, mas depois dessa conversa comecei a me questionar sobre tal assunto, passei dias pensando, que viraram semanas e por ai vai. Pensei bastante sobre o que iria escrever pegar experiências, entender o conceito racional e emocional. E ai resolvi dar minha própria idéia do que seria o amor para mim.

Vou falar de lembranças, de questionamentos que tenho sempre(desde que me entendo por gente), de conversas com amigos entre outras coisas. Lembro de uma vez que minha avó falou assim para mim, "É você é estranho mesmo menino, parece que nunca amou ninguém na sua vida, parece que não gosta de ninguém". Depois desse bordão dela, fiquei calado e me questionei muito sobre isso e até hoje trago essa lembrança comigo e sempre a utilizo para me perguntar realmente será que eu amei alguém? Como uma amiga minha falou o mesmo para mim no ano passado, "Ah você parece que não se apega a ninguém, todos nós precisamos de alguém". Mas o interessante é que eu sempre preguei isso, que ninguém vivi sozinho, já passei por essa fase de "estar sozinho" por um lado foi bom, mas sempre me questionei e falei para todos, "nós precisamos do alguém, aquela pessoa que é diferente de todas"(mas esse é outro assunto para eu escrever depois).

Voltando ao que seria o amor eu pego alguns significados de dicionários e etc, que falam que é afeição profunda por outrem, dedicação extrema e carinhosa, e mais conceitos vão se fazendo para o amor. Na minha visão o amor na verdade é a junção de algumas outras coisas que o tornam duradouro, como o respeito, o companheirismo, a paixão e a amizade. O respeito é necessário, pois mesmo sendo seres que vivem em comunidade o individualismo está presente nas nossas vidas e o respeito ao próximo faz parte disso, mesmo que deixemos de ser dois para sermos um só é a individualidade de cada um que irá forma o único e sem esse respeito isso não é possível. Para enfrentar o acasos da vida, o companheirismo é imprescindível, e com ele é que se faz uma base sólida do amor, sem essa entrega de um para o outro, de torna-se único e meio que estar realmente do lado para o que der e vier o mesmo amor não terá forças para se firmar. A paixão é necessária sempre, é ela o combustível do amor é o que nos faz se sentir a vontade com a pessoa, pois como a amor é cego a paixão é mais cega ainda, e na verdade é ela que nos faz enxergar realmente a pessoa com quem estamos, não importando defeitos, qualidades etc. E fecho com a amizade. Lembro de uma vez ter lido algo sobre, ter uma pessoa ao seu lado que a conversa fosse sempre importante para o dois, pois quando a velhice chegasse seria o que iria mais se fazer. E para ter isso é necessário uma amizade forte, que não se abale e tanto o respeito como o companheirismo fazem parte também disso. Então esse é o amor que eu vejo para mim, não algo perfeito, mas algo em que eu me sinta bem. Não imagino "amar" alguém e me sentir mal do lado dela, ou meio que não querer fazer algo com ela ou para ela.

O amor não é confuso, é direto, ele não mata, ele dá a vida. Porém esse sentimento tão nobre tem se tornado superficial e dizer "te amo" é fácil hoje em dia, mas fazê-lo funcionar não é tão simples assim. Eu falo isso, pois tenho exemplos em minha vida do que realmente é o amor e sei que é difícil mantê-lo, mas é recompensador e espero ter um dia essa oportunidade de me sentir recompensado. Uma vez eu ouvi dizer que na vida você tem somente um amor, os que aparecem posteriormente não seriam o amor realmente puro como o único que devemos ter na vida. Não sei ao certo, mas talvez dessa forma seja algo muito forte para dizer, eu vejo que as coisas que acontecem nas nossas vidas são somente para melhorarmos e nos preparamos para algo sempre maior e melhor. E talvez com o amor seja a mesma coisa. Como fala uma música que gosto muito "Que o amor é um templo, que o amor é a lei maior" e é dessa maneira que ele deve ser visto e sentido, pois algo tão valioso não deve ser tratado como superficial, e sim como algo de valor inestimável, pois certamente o amor vem para todos e precisamos estar bem conosco, nos amando primeiro para sermos realmente amado por alguém em sua forma, pura, simples e verdadeira.