quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A descartável essência do ser...

Quando falamos de algo “descartável” lembramos logo de produtos frágeis que não irão durar muito tempo no decorrer da sua "vida útil", porém venho agora questionar a seguinte frase acima. Sobre o ser humano “descartável” que estamos exercendo ou que estamos produzindo no mundo. Parece que estou exagerando, porém tenho visto isso ocorrer de forma rotineira como se fosse algo normal. No caso podemos dar várias vertentes a esse tema, tanto voltados para a relação ser humano x ser humano, como ser humano x mundo, ser humano x sociedade entre outros inúmeros.

Quando falo com relação à sociedade, percebo como somos descartáveis em qualquer lugar que vivamos. No caso quando um de nós não serve mais para tal empresa, "é porque você não está correspondendo a tal meta" e será substituído logo por outro igual a você. E com isso caem-se os sonhos por terra, de ter uma vida digna, de se construir algo. Só que somos nada mais do que "números", "resultados" e "recursos humanos", que foi troca hoje em dia por "Gente" ou "Colaboradores".

Na relação com o mundo cada vez mas percebe-se uma divisão social gritante, quem não nasce em uma família de "classe boa", seja ela qual for, para ser alguém na vida você irá realmente ter que mostrar que não é “descartável”, que é necessário fazer parte do mundo e que quer estar nele de qualquer forma, não importando os meios. E quando falamos de meios, é bom lembrar-se das relações talvez que hoje em dia sejam as mais complicadas, porém necessárias para viver.

As relações humanas. Essas englobam todas as outras, pois a sociedade e o mundo somos nós, e para vivermos bem e não nos tornarmos "descartáveis" é necessário incorporar o espírito que podemos chamar de "competitivo". Porém acho que mais degradante do que ser somente mais um na multidão, ou um número na empresa, é ser destratado por um próximo, ser utilizado para algo sem nenhum fim (para você), e que ainda por cima te cause um mal-estar incompreensível.

Esse tipo de relação sem coerência na maioria das vezes acaba levando a situações ou ações que muitas vezes são impensáveis, como a tirar a vida de alguém. Se sentir “descartável” realmente pode deixar alguns loucos, outros possessos ou até mesmo defuntos, pois sentir-se assim é desistir de sua essência, de ser quem realmente você é por algo que talvez não lhe acrescente em nada. E hoje tenho percebido quanto descartáveis somos, e até nos tornamos, parecendo que estamos expostos em prateleiras, à venda, e quando não estamos a "altura" do que fomos solicitados somos deixados de lado. Espero que esse “sentimento” um dia possa ser algo repugnante para todos, e que deixei-mos de ser descartáveis e até mesmo façamos os outros de descartáveis, pois como eu falei alguns ficam loucos, outros possessos e outros defuntos.

domingo, 11 de outubro de 2009

Depois da tempestade vem...

Essa frase sempre serviu para mim como um balizador da vida, como se por ela eu pudesse realmente ver a esperança após um dia nebuloso demais. Aprendi a ver ela dessa forma após ouvi-lá incessantemente de minha avó. Talvez ela pela sabedoria adquirida nos anos de vida e também pelo que passou na vida, percebeu nessas palavras energia suficiente para puder seguir a vida e transpassar os obstáculos que vem nela. Só que muitas vezes não percebemos a tempestade chegando, e o que vem com ela na sua grandiosidade nada mais do que coisas pelas quais temos que passar, para que possamos entender melhor que sempre é preciso haver esperança em todos os sentidos, e que ela passa. Nos momentos em que ela demora é para testar o que realmente somos e temos que aprende a passar por elas e aproveitar delas algo que nos faça crescer. Como aprendi com minha avó: "Depois da tempestade vem a bonança". Mas para que tenhamos essa "bonança" é necessário termos esperança de que ela chegará e batalharemos para termos ela, sair ileso,da tempestade, e não naufrago perdido em qualquer "ilha" .Pois sempre é bom aproveitarmos o máximo esse momento, pois outras tempestades virão e é preciso estar preparado, ou pelo menos com os olhos abertos para vermos que sempre tem algo de bom no final de uma tempestade.